segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Se me permitires...



Se me permitires...












Se me permitires… serei tua educadora
E vou inventar para ti o mais belo conto,
Onde os dinossauros existem,
O lobo é finalmente amoroso,

E as fadas se enamoram da lua e do sol.



Se me permitires…, vamos pintar um muro velho
Com todas as tintas das cores do arco-íris.



Se me permitires…, construíremos um barquinho de cartão,
Enfeitado de mil pioneses e bandeira de algodão
Para irmos até à terra dos piratas,
Dos ogres bons e do gigante folgazão.



Se me permitires…, vamos explorar a ciência,
Entrar em aventuras e despertar o sapo gordo

Que começará a cantar uma belíssima canção.





Se me permitires…, faremos os mais deliciosos doces,
Com "açúcar de afecto", transformando caras tristes
Ou chorosas em carinhas com risos de chocolate.



Se me permitires…, sentiremos a emoção
De abrir uma grande caixa e

Partilhar as magias
Que sempre lá estiveram para ti.



Se me permitires…, havemos de partilhar a primavera,
De lançar à brisa sementinhas de amizade,
De correr atrás das borboletas, dos pardais,
E ver o trilho das lagartas.


Se me permitires…, brincamos com o dó ré mi
Para compor uma canção que nos fale da família,

Que acenda o sonho, a esperança, a paz e a união.





Se me permitires…, transformo-me em cantora,
trapezista, mago, rei, rainha, inventora do amor,
bruxa, sábio ou em coelho roedor.


Só mesmo se me permitires, poderei ser tua educadora
E fazer de cada dia a grande festa do deslumbramento
Das primeiras descobertas, ajudar-te a aprender
Brincando e construir o caminho enquanto vamos andando.





(Cecília Sabbatini)

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