quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Tudo o que eu preciso de saber aprendi no Jardim-de-Infância


Grande parte das coisas que preciso de saber sobre a vida,
sobre o que fazer e como ser, aprendi no JARDIM DE INFÂNCIA...


A sabedoria, afinal, não estava no topo de uma montanha chamada Universidade,
mas sim na caixa de areia do meu JARDIM DE INFÂNCIA.


Eis as coisas que aprendi: a Compartilhar, a não fazer Batota, a não Magoar os outros, a Arrumar o que Desarrumei... e a Limpar o que Sujei.


A não Tirar o que não me Pertence, a pedir Desculpa quando Magoo alguém. A Lavar as mãos antes de comer. A Puxar o autoclismo. Aprendi que o leite faz bem à saúde.


APRENDI A APRENDER, a PENSAR e também APRENDI que DESENHAR, PINTAR, CANTAR, DANÇAR, BRINCAR, TRABALHAR...era bom...a ter Cuidado com o trânsito... a Dar a mão, a ser Solidário.


Vi a semente crescer no copo de plástico; as raízes descem, a planta sobe, embora não saiba porquê, gosta-se.Os peixes dourados, porquinhos-da-índia e hamster... morrem. Nós também.


E lembro-me dos livros, da primeira palavra que aprendi: VÊ! É isso que tenho feito sempre.


E também sei que é verdade, que ainda é verdade, que no Mundo o Melhor é dar as Mãos....e FICARMOS JUNTOS!


(R. Fulghum)

Brincar no Jardim-de-Infância













Quando me virem a montar blocos
A construir casas, prédios, cidades
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender sobre o equilíbrio e as formas
Um dia, posso vir a ser engenheiro ou arquitecto.


Quando me virem coberto de tinta

Ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro

Não digam que estou só a brincar

Porque a brincar, estou a aprender

A aprender a expressar-me e a criar

Um dia, posso vir a ser artista ou inventor.





Quando me virem sentado

A ler para uma plateia imaginária

Não riam e achem que estou só a brincar

Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a comunicar e a interpretar
Um dia, posso vir a ser professor ou actor.


Quando me virem à procura de insectos no mato
Ou a encher os meus bolsos com bugigangas
Não achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a prestar atenção e a explorar
Um dia, posso vir a ser cientista.





Quando me virem mergulhado num puzzle
Ou nalgum jogo da escola
Não pensem que perco tempo a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a resolver problemas e a concentrar-me
Um dia posso vir a ser empresário.





Quando me virem a pular, a saltar a correr e a movimentar-me
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender como funciona o meu corpo
Um dia posso vir a ser médico, enfermeiro ou atleta.





Quando me perguntarem o que fiz hoje na escola
E eu disser que brinquei
Não me entendam mal
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a trabalhar com prazer e eficiência
Estou a preparar-me para o futuro
Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar.





(Origem e autor desconhecidos)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ensinarás...




Ensinarás...



Ensinarás a voar...
Mas não voarão o teu voo.
Ensinarás a sonhar...
Mas não sonharão o teu sonho.
Ensinarás a viver...
Mas não viverão a tua vida.
Ensinarás a cantar...
Mas não cantarão a tua canção.

Ensinarás a pensar...
Mas não pensarão como tu.
Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem...
Estará a semente do caminho ensinado e aprendido!


(Madre Teresa de Calcutá)

Se me permitires...



Se me permitires...












Se me permitires… serei tua educadora
E vou inventar para ti o mais belo conto,
Onde os dinossauros existem,
O lobo é finalmente amoroso,

E as fadas se enamoram da lua e do sol.



Se me permitires…, vamos pintar um muro velho
Com todas as tintas das cores do arco-íris.



Se me permitires…, construíremos um barquinho de cartão,
Enfeitado de mil pioneses e bandeira de algodão
Para irmos até à terra dos piratas,
Dos ogres bons e do gigante folgazão.



Se me permitires…, vamos explorar a ciência,
Entrar em aventuras e despertar o sapo gordo

Que começará a cantar uma belíssima canção.





Se me permitires…, faremos os mais deliciosos doces,
Com "açúcar de afecto", transformando caras tristes
Ou chorosas em carinhas com risos de chocolate.



Se me permitires…, sentiremos a emoção
De abrir uma grande caixa e

Partilhar as magias
Que sempre lá estiveram para ti.



Se me permitires…, havemos de partilhar a primavera,
De lançar à brisa sementinhas de amizade,
De correr atrás das borboletas, dos pardais,
E ver o trilho das lagartas.


Se me permitires…, brincamos com o dó ré mi
Para compor uma canção que nos fale da família,

Que acenda o sonho, a esperança, a paz e a união.





Se me permitires…, transformo-me em cantora,
trapezista, mago, rei, rainha, inventora do amor,
bruxa, sábio ou em coelho roedor.


Só mesmo se me permitires, poderei ser tua educadora
E fazer de cada dia a grande festa do deslumbramento
Das primeiras descobertas, ajudar-te a aprender
Brincando e construir o caminho enquanto vamos andando.





(Cecília Sabbatini)

Ser criança é...




SER CRIANÇA É…



Pisar no lodo, chafurdar na lama;
Cara no vento, flauteando flores…
Na inocência…, não saber de amores…;
Não se queimar na perigosa chama…
Pular, correr, viver com desatino,
livre do pejo, dor…, ansiedade…
Não ter paixões…, jamais sentir saudade!
Curtir a vida simples de menino.
Pião na mão, caniço, baladeira…
Nunca pensar…, viver de brincadeira;
Nunca guardar rancores ou lembrança.

Desejo de esquecer esses teus olhos,
Que são na minha vida meus abrolhos…
Vontade de voltar a ser criança



(Valdez de Oliveira Cavalcanti)